A adoção do PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente) que envolve o uso de certificado digital há algum tempo vem sendo trabalhada, principalmente, pelas entidades privadas. Mas até então, não era considerado um processo obrigatório ter dados dos benefícios neste sistema.

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Porém, no início de outubro de 2016, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou que todos os municípios do país terão que implementar o prontuário eletrônico até o dia 10 de dezembro deste ano, sob pena de terem o bloqueio do recebimento do recurso financeiro destinado às prefeituras atualmente.

Segundo a norma RDC 30/2015 será obrigatório o uso da assinatura digital na emissão de laudos clínicos visando erradicar adulterações.

Como funciona o certificado digital?

No Brasil, documento eletrônico com validade jurídica é assinado com certificado digital padrão ICP-Brasil, assim como define a MP 2.200.

Neste conceito, o documento original passa a ser o eletrônico/digital. Existem diversos projetos governamentais que utilizam certificação digital como Nota Fiscal eletrônica (e-NF) e Imposto de Renda Pessoa Jurídica.

Também na área contábil é autorizado o uso de certificados digitais para assinatura eletrônica de Balanço Patrimonial, dentre outros. O judiciário é outro segmento que há algum tempo aceita também o uso de certificado digital.

Hoje já existem diversos fóruns 100% eletrônicos, nos quais somente são aceitas petições eletrônicas assinadas com certificado digital padrão ICP-Brasil.

Certificado digital na área da saúde

O processo não é diferente na área de saúde. Para validade jurídica, qualquer documento eletrônico, como um prontuário ou laudo, deve ser assinado com um certificado digital padrão ICP-Brasil.

O uso do Certificado Digital ICP-Brasil nos sistemas informatizados garantirá validade jurídica a todos os documentos eletrônicos citados na Resolução 1821/2007 de 23/11/2007 do CFM, assegurando ao médico amplo respaldo legal.

Com essa medida, a prescrição médica gerada em computador por qualquer editor de textos e assinada digitalmente pelo médico terá o mesmo valor legal de uma prescrição escrita e assinada manualmente.

O primeiro passo para isso é a obtenção de um e-CPF. Depois de emitido o laudo em um sistema informatizado específico, ele é inserido em um dispositivo inteligente. Nesta etapa, é acrescentada chaves de segurança criptografadas que asseguram a inviolabilidade e a integridade total das informações do laudo, eliminando as chances de clonagem ou de adulteração.

A Serasa Experian – Autoridade Certificadora ICP-Brasil – desenvolveu produtos que atendem a essas exigências. O Módulo de Autenticação e a Biblioteca de Assinatura Digital – Padrão SBIS foram desenvolvidos para que os sistemas informatizados utilizados pelas empresas prestadoras de serviços no setor de saúde atendam às exigências de segurança descritas na Resolução 1821/2007 de 23/11/2007 do CFM.